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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Religiões no Brasil (parte V).

Judaísmo
Com os colonizadores portugueses vieram cristãos novos, judeus convertidos ao cristianismo, batizados contra a vontade para fugir da Inquisição. Possivelmente, o primeiro que pisou solo brasileiro foi Gaspar de Lemos, intérprete de Pedro Álvares Cabral, em 1500. Outro cristão novo, Fernando de Noronha, que descobriu a ilha com seu nome, chegou ao Brasil em 1503. Embora em 1567 a imigração de conversos tenha sido proibida, muitos cristãos novos continuavam a chegar clandestinamente, fugindo da Inquisição Portuguesa, que inclusive chegou a fixar um escritório em Recife para julgar cristãos novos que ainda mantivessem ritos judaicos. As invasões holandesas trouxeram cerca de 1000 judeus e breves períodos de liberalização da religião, tendo em 1630 sido fundadas 2 sinagogas em Recife pelo rabino Issac Aboab da Fonseca, mas com a reconquista pelos portugueses os judeus assumidos foram obrigados a deixar o país. A opressão aos convertidos só se encerrou em 1773, quando o Marquês de Pombal aboliu a distinção entre cristãos novos e velhos cristãos, mas a situação melhorou na verdade quando a família real veio para o Brasil, pois o tratado de comércio com os ingleses exigia que não se fizesse nenhum tipo de perseguição a estrangeiros por questões de consciência. Em 1812, o primeiro grupo de judeus Sefaradim (ou sefarditas) se estabeleceu na Amazônia, e, em 1828, foi fundada a sinagoga Shaar ha-Shamayim (Portal do Céu). A partir de 1850, vários grupos de judeus chegaram ao Brasil e se espalharam por todo o território, sendo que no início do século XX começaram a chegar grupos de judeus Ashkenazim (ou asquenazitas) provenientes da Europa e que, por familiaridade linguística e cultural, se dirigiram em maior número para a região Sul do país. Nas décadas de 30 e 40, uma vigorosa corrente de imigrantes fugidos da perseguição nazista chegou ao Brasil, e no ano de 1966 foi fundada a primeira Yeshivah brasileira, um tipo de seminário destinado à formação de rabinos. Estima-se, atualmente, em cerca de 250.000 o número de judeus no Brasil, concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Recife, Salvador e Rio Grande do Sul.

Sefarditas e Asquenazitas: Sobre uma base religiosa comum, a cultura judaica viu desenvolverem-se na Europa, durante a Idade Média, dois grandes ramos: sefarditas e asquenazitas. Os sefarditas, ou sefaraditas (sefaradim) seguiram a tendência babilônica e receberam a influência dos muçulmanos, com quem conviveram na Espanha. Culturalmente, se distinguiam por falar o idioma ladino, que mescla o hebraico e o espanhol. Do século XI ao XIII, quando se restabeleceu o cristianismo, os judeus da península ibérica gozaram de boas posições e prestígio, contribuindo como conselheiros, poetas, cientistas e filósofos, para o florescimento econômico e cultural da chamada idade de ouro. Após as conversões forçadas (os judeus convertidos eram chamados cristãos-novos, ou marranos, que significa "porcos"), durante a Inquisição, os judeus acabaram expulsos da Espanha, em 1492, e de Portugal, em 1497. Os asquenazitas (ashkenazim), radicados na França e na Alemanha, adotaram o Talmud Ierushalmi e mantiveram estreito contato com a cultura cristã, culturalmente distintos por falarem o idioma iídiche, que mescla o hebraico com línguas balcânicas. Dos asquenazitas surgiram duas correntes místicas: a CABALA (provavelmente de origem hispânica), desenvolvida nos séculos XII e XIII e relacionada com o esoterismo ocidental; e o hassidismo, no século XVI, que buscava uma forma de crença mais espontânea, mais liberta dos rigores do estudo e dos rituais, servindo assim aos judeus mais desfavorecidos das pequenas cidades e aldeias da Europa central e oriental. O hassidismo prolongou-se até a época contemporânea, preconizando a fé piedosa, o fervor (hitlaavut), a priorização da "intenção" (kavaná) sobre o rito e a importância do "aqui e agora" na experiência religiosa.

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