traducir esta página Translate this Page Traduci questa pagina traduire cette page

Google-Translate-ChineseGoogle-Translate-Portuguese to FrenchGoogle-Translate-Portuguese to GermanGoogle-Translate-Portuguese to ItalianGoogle-Translate-Portuguese to JapaneseGoogle-Translate-Portuguese to EnglishGoogle-Translate-Portuguese to RussianGoogle-Translate-Portuguese to Spanish

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O AFILHADO

por José Antonio Altmayer *
O afilhado Fazia muito tempo que D. Geni trabalhava naquela casa. Portanto nada mais natural que os patrões, gente tão boa, fossem convidados para padrinhos do filho recém nascido.Foi chamado de Santo. Mas o problema é que de santo só tinha mesmo o nome.Fez três anos de curso primário, repetiu vários outros e foi crescendo literalmente ao Deus dará. E Deus dava através dos padrinhos. Porém na medida em que passava o tempo e não encarava nem estudo nem trabalho, o padrinho, este sim um santo, foi cansando.D.Geni já não trabalhava mais por lá.O Santo tornara-se um homem e continuava malandro.Pediu dinheiro para o padrinho pela enésima vez. Como o muro do jardim estava para ser caiado, o padrinho teve a brilhante idéia de sugerir ao afilhado que fizesse o serviço, em troca do dinheiro que estava querendo.- Mas não sei pintar, diz o Santo.- Não faz mal, te ensino.- Então me adianta algum para comprar as tintas.- Já comprei, é só iniciar.- Quem sabe então para comprar os pincéis ?- Já estão lá, esperando...- Então uma grana para comprar a escada, pois o muro é alto.- Temos escada também, não falta nada, é só ir até lá e começar.- Combinado padrinho, então só me adianta um troco para fazer um lanche, pois não comi nada hoje.O Santo levou os trocados e dele não se ouviu falar durante muito tempo. Foi comer, não voltou e pelo que se sabe o muro foi pintado pelo padrinho no fim de semana. A ameaça de trabalho tinha sido eficaz.Passou-se o tempo.O muro sofreu varias pinturas.Os plátanos renovaram e perderam suas folhas muitas vezes, sempre atapetando as vielas da praça e nada do afilhado....Mas num belo dia aparece um moleque de recados, com um bilhete assinado pela D.Geni.. O Santo fora morto em São Paulo e a mãe precisava viajar com urgência para reconhecimento do corpo e sepultamento.Para tanto o padrinho tinha de mandar um dinheiro pelo portador, para passagens e despesas em São Paulo.Os termos da carta são mais ou menos como se segue :- Rio Grande do Sul- Padrinho,escrevo esta carta para lê comunicar o falecimento do Santo. Em São Paulo. Veio um telegrama comunicando que ele foi por morto por assaltantes e o corpo está no instituto medico legal., E me mandaram me chamar em São Paulo. Eu queria lê pedi se o senhor podese me ajudar na passagem que eu estou sem dinheiro.Eu perçiso fazer o enterro. Pode mandar por este rapaz.Ele é meu vizinho.Eu não pode ir ai porque estou arrumando as minhas coisas pois eu quero ir hoje mesmo. Demais obrigado por me ajudar neste momento difícil, pois depois eu lê pago. Mande 2.000 cruzeiros. GeniO padrinho prontamente respondeu ao portador dizendo:- toma um táxi, vai lá buscar a D.Geni e na volta passa por aqui...iremos até a rodoviária onde compro a passagem e dou dinheiro para ela viajar.O moleque,saiu, contrafeito, e se dirigiu até a praça.O padrinho o seguiu e presenciou o encontro com o “falecido” Santo, gozando plena saúde e demonstrando sua contrariedade chutando alguns pedras e o traseiro do seu porta-voz.Desde então, até o momento, não se ouviu mais falar no Santo, mas sendo ele um sujeito persistente, é provável que de repente de o ar da graça.

Nenhum comentário: