traducir esta página Translate this Page Traduci questa pagina traduire cette page

Google-Translate-ChineseGoogle-Translate-Portuguese to FrenchGoogle-Translate-Portuguese to GermanGoogle-Translate-Portuguese to ItalianGoogle-Translate-Portuguese to JapaneseGoogle-Translate-Portuguese to EnglishGoogle-Translate-Portuguese to RussianGoogle-Translate-Portuguese to Spanish

sábado, 23 de maio de 2009

SAÚDE


Saúde da Mente
Grande parte das pessoas desconhece a Depressão, uma doença complexa que se caracteriza por episódios de tristeza ou desânimo sem causa aparente ou, em casos mais graves, um distúrbio freqüente de humor. No entanto, essa disfunção bioquímica do organismo, atinge aproximadamente 25% dos indivíduos, ao menos uma vez, ao longo da vida, em pelo menos uma de suas formas de apresentação, segundo a Organização Mundial de Saúde. Sem uma definição clara da origem, há pelo menos, a comprovação da eficácia no tratamento. É fundamental, porém, o diagnóstico preciso do problema e o comprometimento do paciente em tratar-se.
Deixando de lado o ideal romântico e visualizando as emoções por um viés científico, observa-se que o prazer, o sentimento de realização e a alegria são fenômenos decorrentes das sinapses - ligações ocorridas entre as células nervosas no Sistema Nervoso Central. Para que isso ocorra é necessário que os neurotransmissores estejam ativos e secretados em quantidade adequada, pois são eles que possibilitam a comunicação entre as células. O problema é que, mesmo com essas substâncias reduzidas - Noradrenalina, Dopamina e Seretonina - a enzima que as neutraliza e a recaptação continuam funcionando normalmente. Este quadro pode levar à depressão.
Os medicamentos antidepressivos entram, justamente, nesse processo, ou inibindo as enzimas ou bloqueando a recaptação. No início, o aumento de neurotransmissores é rápido, mas os resultados clínicos, começam a aparecer de 15 a 20 dias com a intervenção medicamentosa aplicada por no mínimo seis meses.
Basicamente, assim se dá o desequilíbrio químico no cérebro. A complexidade está nas inúmeras causas que, muitas vezes, não são claras, nem ao paciente nem ao especialista. "Inicialmente, o indivíduo deprimido tenta aliviar seu sofrimento, mas a medida que a depressão se torna mais crônica ou mais grave, a tendência é se entregar, sentindo que os outros não podem ou não querem ajudá-lo e que as situações jamais melhorarão. A pessoa não só se sente mal, como poderá ser seu pior inimigo, com tendências auto-destruidoras ou masoquistas, assim como depressivas, coexistindo, com freqüência, na mesma pessoa", explica a psicóloga e especialista em neuropsicologia Simone Penteado.
Existem três sintomas depressivos básicos, a partir dos quais surgirão uma enorme variedade de alterações afetivas. São eles: o sofrimento moral, que engloba o sentimento de culpa e inferioridade, inibição geral e o estreitamento das relações sociais. Uma vez identificados, cabe ao profissional de saúde relacioná-los ao histórico do paciente para apontar qual o tratamento adequado, caso se caracterize um quadro depressivo. A psiquiatra do Centro Alfa Clínicas Solange Maria dos Santos ressalta: "Depressão é uma doença grave e incapacitante, mais presente entre as mulheres e cujo tratamento adequado é fundamental para prevenir recaídas e a cronificação dos sintomas. O diagnóstico precoce é difícil porque a maioria dos pacientes só procura tratamento quando os sintomas já estão graves".
Como fiquei deprimido?
Na Classificação Internacional das Doenças - CID 10 -, as depressões estão entre os transtornos de humor (afetivos). Humor é um estado afetivo básico, através do qual demonstramos nossas vivências e, até um certo nível, as alterações são consideradas normais. O humor depressivo, porém é a apatia, aversão às atividades sociais e tristeza constante, sem motivo aparente. Ao contrário disso estão as manias. Um quadro de humor exaltado e hiperativo, com uma oscilação aguda entre períodos de calma e agitação, alegria e irritabilidade.
Recentemente, conforme divulgou o jornal da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, um grupo de cientistas alemães e norte-americanos, identificou uma variante do gene transportador da seretonina, que, em combinação com o estresse pode causar pré-disposição à depressão. A teoria anterior, era de que as amígdalas cerebrais (lóbulo arredondado na superfície anterior do cerebelo) reagiam a estímulos emocionais. O que se viu, porém, foi que a atividade era intensa, mesmo em repouso, nos indivíduos que possuíam a variação do gene.
Os fatores que levam à depressão ainda são objetos de estudo. O que se sabe é que existem pessoas predispostas, susceptíveis à fatores desencadeantes desse processo. Ocasiões como perda iminente ou real de um ente querido, traumas ou estresse fazem parte da lista de agentes que preconizam o mal. "Quanto mais capazes nos sentimos de enfrentar nossos próprios problemas, de modo independente, melhor a opinião que temos de nós mesmos. A redução da autoconfiança e da auto-estima são sintomas primordiais da depressão", diz Dra. Simone.
O alcoolismo, as drogas e distúrbios hormonais, também contribuem para o aparecimento de sintomas depressivos. É importante ressaltar que a depressão, tanto é uma doença, quanto o sintoma para outras. É comum um paciente queixar-se de dores nas costas ou falta de ar e depois de uma bateria de exames médicos ser constatado que fisicamente ele está bem. "Este é um caso comum a pessoas que desenvolveram a doença de forma congênita ou influenciada por fatores genéticos. Se analisarmos o histórico familiar desse paciente, certamente encontraremos outros casos de depressão na família, ou episódios depressivos anteriores. Geralmente, esse é um caso tratado com medicamentos", explica Dra. Solange.
As renomadas profissionais enfatizam, ainda, a importância de manter-se ativo e cultivar hábitos saudáveis, tanto sociais quanto alimentares, evitando o aparecimento de idéias e sentimentos negativos.

Nenhum comentário: