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sábado, 23 de maio de 2009

3 Doses de Zé Ramalho

Avôhai

Um velho cruza a soleira
De botas longas de barbas longas
de ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde quarava sua camisa
e seu alforge se caçador
Oh meu velho e invisivel Avôhai
Oh meu velho e indivisível Avôhai
Neblina turva e brilhante
em meu cérebro coágulos de sol
Amanita matutina
que transparente cortina ao meu redor
Se eu disser que é meio sabido
você diz que é bem pior
É pior do que planeta quando perde o girassol
É o terço de brilhantes nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira que nunca dormia só

O brejo cruza a poeira
De fato existe um tom mais leve
na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos
que amargam as pessoas que fitar
Mas que bebem sua vida sua alma na altura
que eu mandar
São os olhos são as asas cabelos de Avôhai
Na pedra de turmalina e no terreiro da usina
eu me criei
Voava de madrugada e na cratera
condenada eu me calei
Se eu calei foi de tristeza você cala por calar
E calado vai ficando só fala quando eu mandar
Rebuscando a consciência com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta no jogo de improvisar
Entrecortando eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa
pra doutor não reclamar...

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