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sábado, 31 de julho de 2010

Turismo sexual estimula prostituição infantil no Brasil

DA BBC BRASIL

Um programa da BBC mostrou que crianças estão suprindo uma crescente demanda de turistas estrangeiros que viajam ao Brasil atrás de sexo e acompanhou as tentativas de controlar o problema.

O programa "Our World: Brazil's Child Prostitutes" ("Nosso Mundo: As Crianças Prostitutas do Brasil", em tradução livre), vai ao ar no canal de TV internacional de notícias da BBC, BBC World, neste fim de semana.

A cada semana, operadores de turismo despejam nas cidades brasileiras milhares de homens europeus que chegam em voos fretados especialmente ao Nordeste em busca de sexo barato, incentivando assim a prostituição.

O problema, que foi constatado pela BBC em Recife, já estaria levando o Brasil a alcançar a Tailândia como o principal destino mundial do turismo sexual.

De acordo com o repórter Chris Rogers, responsável pela reportagem, apesar das garantias de uma ação policial, nas ruas da capital pernambucana parece haver poucos indícios de que a prostituição infantil está desaparecendo.

Corpo frágil

Uma menina vestida com um pequeno biquíni expõe seu corpo frágil. Ela não parece ter mais do que 13 anos, mas é uma das dezenas de garotas andando pelas ruas à procura de clientes debaixo do sol da tarde.

A maioria vem das favelas da região. Ao parar o carro, a reportagem da BBC é recebida com uma dança provocante da menina, para chamar a atenção.

"Oi, meu nome é C. Você quer fazer um programa?", ela pergunta. C. pede menos de R$ 10 por seus serviços. Uma mulher mais velha chega perto e se apresenta como mãe da menina.

"Você pode escolher outras duas meninas, da mesma idade da minha filha, pelo mesmo preço", ela diz. "Eu posso levar você a um motel local onde um quarto pode ser alugado por hora."

Quando a noite cai, em uma área com bares e bordéis da cidade, o playground sexual de Recife ganha vida.

Prostitutas se divertem com turistas, dançando e procurando por clientes em potencial. Muitas delas parecem muito menos do que 18 anos de idade.

Motoristas de táxi trabalham com as garotas que são jovens demais para entrar nos bares. Um deles me oferece duas pelo preço de uma e uma carona para um motel local.

"Elas são menores de idade, então são muito mais baratas que as mais velhas", explica ele ao me apresentar S. e M.

Nenhuma delas faz nenhum esforço para esconder sua idade. Uma delas leva consigo uma bolsa da Barbie, e as duas se dão as mãos com um olhar que parece aterrorizado diante da perspectiva de um potencial cliente.

Crack

A zona da prostituição no Recife está cheia de carros circulando em baixa velocidade ao lado dos grupos de garotas exibindo seus corpos.

Uma delas, P., está vestida com um top cor-de-rosa e uma minissaia. A menina de 13 anos concorda em falar comigo sobre sua vida como prostituta. Ela conta que trabalha na mesma esquina todas as noites até o amanhecer para financiar o vício dela e da mãe em crack.

"Normalmente eu tenho mais de dez clientes por noite", ela se vangloria. "Eles pagam R$ 10 cada - o suficiente para uma pedra de crack", diz.

Por segurança, P. trabalha com um grupo de meninas mais velhas que atuam como cafetinas, tomando conta do dinheiro e cuidando das mais novas.

"Há muitas meninas trabalhando por aqui. Eu não sou a mais nova. Minha irmã tem 12 anos e tem uma menina de 11", conta.

Mas P. está preocupada com sua irmã. "Eu não vejo a B. há dois dias, desde que ela saiu com um estrangeiro", diz.

P. diz ter começado a trabalhar como prostituta com sete anos. A Unicef estima que há 250 mil crianças prostituídas como ela no Brasil.

"Estou fazendo isso há tanto tempo que nem penso mais nos perigos", ela afirma. "Os estrangeiros vivem aparecendo por aqui. Eu já saí com um monte deles", conta.

Apenas algumas quadras dali a calçada está tomada por travestis procurando clientes. Entre eles está R., de 14 anos, e I., de 12.

Os primos parecem convincentes como meninas com seus saltos altos, minissaias, blusas e maquiagem pesada.

"Precisamos ganhar dinheiro para comprar comida para nossas famílias", explica R. ajeitando seu longo cabelo.

"Nossos pais não se preocupam muito com a gente. Dizemos a eles quando estamos saindo e quando chegamos. E então damos a eles o dinheiro para comprar comida. Eles sabem como conseguimos o dinheiro, mas nós não discutimos isso", diz.

Fortaleza

Antes, a maioria dos turistas sexuais costumava ir a Fortaleza. Mas não mais --no último ano, a capital do Estado do Ceará vem mandando uma clara mensagem aos turistas sexuais de que eles não são bem-vindos.

Todas as semanas, dezenas de carros com policiais federais armados com metralhadoras AK-47 patrulham as ruas das zonas de prostituição, vasculhando os motéis e bordéis, prendendo clientes e cafetões e levando meninas menores de idade para abrigos.

Eline Marques, coordenadora da Secretaria Especial de Prevenção ao Tráfico de Seres Humanos, afirma que as blitze estão tendo um resultado.

"Já fechamos muitos estabelecimentos em Fortaleza. Ruas inteiras estão agora livres da prostituição. Meu objetivo é intensificar essas ações antes da Copa do Mundo, tendo com alvo o próprio turismo que fomenta a prostituição infantil", diz ela.

Outros Estados indicaram que estão acompanhando a campanha de Marques e que, se ela tiver sucesso, poderão seguir ações semelhantes.

Mas, para cada estabelecimento sexual que é fechado, para cada turista sexual preso, há também vítimas. Muitas são levadas para abrigos de instituições de caridade.

Recuperação

O Centro de Recuperação Rosa de Saron, perto do Recife, está operando com sua capacidade máxima, porque as meninas não podem ser devolvidas para casa, por causa da pobreza que as levou à prostituição. Elas chegam lá vindas de todo o Brasil.

M., de 12 anos, quer viver com a mãe, mas não pode porque seu cafetão, que a forçou a trabalhar nas ruas e em bordéis, ameaçou matá-la se ela tentasse escapar.

Ela diz que ainda teme por sua vida.

"Não tive opção a não ser fazer o que ele mandava. Eu senti que estava perdendo minha infância, porque eu tinha só 9 anos de idade", diz ela. "Eu tinha medo. Às vezes eu voltava sem dinheiro e ele me batia", conta.

Jane Sueli Silva, que fundou o centro, diz que a maioria das garotas tem entre 12 e 14 anos quando chegam. Algumas delas chegam grávidas.

"Muitas delas chegam aqui com problemas sérios, como câncer de colo de útero", diz. "Como o câncer normalmente está só no estágio inicial, podemos ajudá-las, e graças a Deus que a cura é normalmente bem-sucedida."

Uma outra ONG, a britânica Happy Child International, planeja construir mais centros para abrigar o crescente número de crianças prostituídas.

Mas crianças como P. ainda estão desamparadas.

Sua casa é um pequeno barraco que ela divide com sua mãe, dois irmãos e a irmã B., de 12 anos. Dentro, apenas dois sofás que são usados como camas e um balde plástico usado para lavar roupas e pratos.

Quando perguntada sobre se a prostituição das filhas a magoava, a mãe delas pareceu mais preocupada com dinheiro. "Se elas conseguem dinheiro, não trazem para cara. Não, elas não trazem dinheiro nenhum para casa", disse.

P., por sua vez, diz que espera um dia sair da prostituição.

"Todo dia eu peço a Deus que me tire dessa vida. Às vezes eu paro, mas depois volto para as ruas para procurar homens. A droga faz mal, a droga é minha fraqueza, e os clientes estão sempre a fim de pagar."

Fonte: FOLHAONLINE

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Piadas - R$ 50,00 de prazer

Joãozinho está dentro do carro do seu pai, quando avista duas prostitutas na calçada...

- Pai, quem são aquelas senhoras?

O pai meio embaraçado, responde:

- Não interessa filho... Olhe antes para esta loja... Já viu os lindos brinquedos que tem?

- Sim, sim, já vi. Mas... quem são as senhoras e o que é que estão fazendo ali paradas?

- São... são. São senhoras que vendem na rua.

- Ah, sim?! Mas vendem o quê?? - Pergunta admirado o garoto.

- Vendem... vendem... Sei lá... vendem um pouco de prazer.

O garoto começa a refletir sobre o que o pai lhe disse, e quando chega em casa, abre a sua carteira com a intenção de ir comprar um pouco de prazer. Estava com sorte! Podia comprar 50 reais de prazer!No dia seguinte vai ver uma prostituta e pergunta-lhe:

- Desculpe, minha senhora, mas pode-me vender 50 reais de prazer, por favor?

A mulher fica admirada, e por momentos não sabe o que dizer, mas como a vida está difícil, ela aceita. Porém, como não poderia agir de forma 'normal' com o garotinho, leva o garoto para casa dela e prepara-lhe seis pequenas tortas de morango.
Já era tarde quando o garoto chega em casa. O seu pai, preocupado pela demora do filho, pergunta-lhe onde ele tinha estado. O garoto olha para o pai e diz:

- Fui ver uma das senhoras que nós vimos ontem, para lhe comprar um pouco de prazer!

O pai fica amarelo:

- E... e então... como é que se passou?

- Bom, as quatro primeiras não tive dificuldade em comer, a quinta levei quase uma hora e a sexta foi com muito sacrifício. Tive quase que empurrar para dentro com o dedo, mas comi mesmo assim. Ao final estava todo lambuzado, melequei todo o chão, e a senhora me convidou para voltar amanhã, posso ir?

O pai desmaiou.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mombojó retorna mais experiente em 'Amigo do Tempo'

Grupo de Recife lança terceiro álbum de estúdio após período nebuloso em sua trajetória

Local isolado, silencioso e cercado pelo verde da natureza. Foi para Aldeia, região localizada na cidade de Camaragibe, que o Mombojó se deslocou com a intenção de elaborar uma prévia daquele que seria seu novo álbum, Amigo do Tempo, que acaba de chegar às lojas. Foi em clima de união, resgatado após os perrengues pelos quais a banda passou desde o lançamento de Homem-Espuma, de 2006 (que incluíram a morte do flautista Rafael Torres e a saída do multi-instrumentista Marcelo Campello), que a banda trabalhou no disco. Felipe S., Marcelo Machado, Chiquinho, Samuel e Vicente gravaram o álbum, terceiro da carreira, por conta própria, de forma independente, participando de todas as etapas de elaboração. Agora, mostrando-se mais experiente e reflexivo sobre a necessidade de deixar a vida rolar, o Mombojó volta à ativa fortalecido após quase quatro anos de hiato.

As gravações de Amigo do Tempo começaram em janeiro de 2009, com a ida do grupo ao sítio em Aldeia. A princípio, a intenção era "esboçar" o que seria o álbum, mas a banda percebeu que muito do que foi feito ali já poderia ser usado no disco. "Fomos pensando que seria uma pré-gravação, mas vimos com os técnicos, em São Paulo, que muita coisa dava para se aproveitar", conta o guitarrista Marcelo Machado, em entrevista à Rolling Stone Brasil. As gravações foram feitas em diversos estúdios em Recife e na capital paulista, oito no total, sendo que a finalização se deu em SP. Das 11 faixas que compõem Amigo do Tempo, cinco tiveram a produção de Pupillo, baterista da Nação Zumbi, enquanto seis foram produzidas pelo próprio Mombojó, junto aos técnicos Evaldo Luna e Rodrigo Sanches.

"Foi um aprendizado da porra. Acabamos fazendo o disco todo com dinheiro do nosso bolso", diz o tecladista Chiquinho. "E trabalhamos em tudo, desde a concepção da música até como gravar, finalizar, masterizar, capa, tudo." Ter retornado à produção independente colaborou para o grupo colocar em prática ideias novas. "Homem-Espuma [lançado pela gravadora Trama] foi gravado com uma estrutura foda de trabalhar e em um estúdio gigante, mas o tempo era curto, não tinha como fazer experimentações. Neste pudemos aprender muitas coisas, testar instrumentos", comenta. A banda afirma que a saída da Trama aconteceu sem nenhum tipo de conflito e que, apesar de Amigo do Tempo ter sido gravado de maneira independente, houve a utilização do estúdio da gravadora em alguns momentos.

A maioria das faixas foi composta em 2008, mas há músicas mais antigas, criadas antes da morte de Rafael, que aconteceu em 2007 (como "Entre a União e a Saudade", que abre o álbum). Em algumas delas, sente-se uma intensificação da melancolia que permeava algumas das faixas de discos anteriores. "Não fizemos querendo ser mais melancólico. Simplesmente soou assim, e isso é que é legal", diz Marcelo. As composições trazem uma reflexão positiva a respeito das esperanças com relação ao futuro. "Este disco vem como uma redenção", acredita o guitarrista. "Ele será nossa porta para ser banda de novo, depois de todas as dificuldades pelas quais passamos." Chiquinho complementa: "É um álbum que joga a gente para frente. Reflete muito a fase de vida pela qual passamos. Essa história de ter paciência e esperar dar tempo às coisas para arrumar a cabeça e aguardar para pensar na continuidade da nossa carreira."

Conhecidos pela mistura de gêneros musicais variados, indo do eletrônico à surf music, o Mombojó mostra um som mais simples - e talvez até mais pop - em Amigo do Tempo. "Acho que no segundo disco, por exemplo, chegamos ao auge de querer deixar as músicas muito complexas, com várias mudanças no decorrer delas", comenta Marcelo. "Neste, encontramos uma maturidade de curtir mais. Acredito que elas estão bem mais tranquilas para se ouvir também." Para Chiquinho, o grupo está mais comedido. "Estamos um pouco mais contidos, é um pouco mais fácil de dançar, assoviar e tocar no violão", comenta. A redução no número de integrantes (de sete para cinco) contribuiu bastante para tal mudança. "É uma formação que nunca tínhamos apresentado", sustenta Marcelo.

Semanas antes de lançar a versão física, o grupo liberou Amigo do Tempo para download gratuito no site oficial. "Sempre preferimos jogar ao lado do nosso público. Além disso, todo mundo do Mombojó é consumidor de música da internet", conta Marcelo. Para os integrantes, divulgar o disco antes na web é um benefício para o público e o próprio grupo. "A internet vai muito mais longe, e queremos que as pessoas escutem a nossa obra e que isso faça com que mais gente queira nos ver tocar nos shows", completa Chiquinho.

O Mombojó adianta que os fãs não precisarão aguardar mais quatro anos por outro álbum de inéditas, uma vez que a banda está "mais calejada e com mais amigos para ajudar no que for preciso". "Quem curte o grupo não pode viver de um disco a cada três, quatro anos", acredita Marcelo. Já existem planos para comemorar, em 2011, os dez anos de existência da banda, mas ainda não há nada concreto. Por enquanto, o público fica com um álbum novinho e shows pela frente. "Nunca seremos uma banda famosa por vender milhares de discos, e nem é o nosso objetivo", diz Chiquinho. "O que queremos é estar cada vez mais consolidados."
Fonte: Rolling Stone

Beatles - Fotos inéditas

Fotografias foram tiradas por uma fã, que foi recebida pelos integrantes do grupo em suas residências durante três anos, na década de 60; veja aqui as imagens

Sue Baker tinha apenas 15 anos quando decidiu bater na porta de Paul McCartney, John Lennon, Ringo Starr e George Harrison, em 1965. O resultado foram cerca de 50 fotos inéditas tiradas pela beatlemaníaca, que agora serão leiloadas em 3 de agosto, em Reading, perto de Londres, pela casa de leilões Cameo. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

O álbum de Baker, hoje com 59 anos, tem o preço avaliado entre £ 2 mil e £ 3 mil (R$ 5,4 mil e R$ 8,1 mil), incluindo imagens em cores e em preto branco dos Beatles em suas respectivas casas ou jardins, às vezes acompanhados por suas mulheres e filhos.

Na época, Baker foi até a casa de Paul McCartney, no bairro londrino de St. John's Wood, sendo cordialmente recebida por ele. Após várias visitas à casa do cantor, ela conseguiu o endereço dos outros integrantes do grupo, escrito pelo próprio McCartney em um envelope, que também será leiloado. "Eles sempre abriam a porta e falavam conosco, ficavam contentes de nos ver. Lembro de John [Lennon] dizendo que se não fosse por gente como eu, ele não moraria em uma casa tão legal", disse Baker ao Daily Mail.

A fã contou que, depois de um tempo, as pessoas que viviam na região contrataram vigias pela quantidade de fãs que começaram a aparecer. "Eles detiveram a mim e a uma amiga uma vez e nós insistimos que John estava nos esperando. Tocaram a campainha e, quando ele apareceu, disse que realmente nos esperava e que nunca mais impedissem pessoas de bater em sua porta novamente", revelou.

Sue Baker visitou os Beatles durante três anos (de 1965 a 1967) e disse que guardou as fotografias em uma caixa durante todos esses anos e sempre pensou em vender. "Espero que alguém aproveite o material, me traz boas lembranças", completou.

O porta-voz da audição, Alan Pritchard, também falou ao Daily Mail: "É uma coleção maravilhosa de fotografias inéditas. (...) Há muitos fãs dos Beatles ao redor do mundo e tenho certeza que todos vão amar esse material único."
Fonte: Rolling Stone


Veja a Galeria Completa:

Sue Baker e seu irmão, Philip, com George Harrison na porta de sua casa, em Londres

Baker com John Lennon em sua casa, na década de 60


Fotografia de John Lennon clicada por Sue Baker durante uma de suas visitas em sua casa

Sue Baker posando na Mini Cooper de George Harrison, no jardim da sua do ex-Beatle

Sue Baker com Ringo Starr

A piscina da casa de George Harrison


Casa de George Harrison, com os dizeres pintados na janela: "Mick e Marianne estiveram aqui" - referindo-se a Mick Jagger e Marianne Faithful


Envelope em que Paul McCartney escreveu os endereços dos demais integrantes do grupo

Irmão de Sue Baker, Philip, em frente à casa de Ringo Starr

Frase do dia

Brincar é condição fundamental para ser sério.
(Arquimedes)

Simplicidade

Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia
Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso
Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria
Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia

(Pato Fu)

sábado, 10 de julho de 2010

Primeiro CD de Gisele De Santi é sofisticado

Pocket show acontece neste sábado na Livraria Cultura

Primeiro CD de Gisele De Santi é sofisticado
                                     Crédito: Cláudio Neves/Divulgação

Levando seu nome, Gisele De Santi mostra o repertório de seu primeiro disco, financiado pelo Fumproarte, em pocket show neste sábado, a partir das 19h, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80). No trabalho, a marca da maturidade em composições próprias, num repertório que faz um passeio por diversos estilos musicais, como bossa nova, jazz, blues e, até mesmo, chamamé.

No show, Gisele estará acompanhada por Fabricio Gambogi na guitarra semi-acústica. O álbum pode ser conferido, com songbook, no site www.giseledesanti.com.br.

Fonte: Correio do Povo

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aos 17, Mallu Magalhães lança segundo disco: 'minhas ideias estão mais claras'

'Gosto muito mais da minha voz agora do que antes', diz a artista.
Álbum tem participação da banda Jennifer Lo-Fi e de Marcelo Camelo.

“Minha canção é meu mundo / meu corpo é minha banda / e eu não vou parar”. Logo de cara, na primeira faixa de seu segundo disco, Mallu Magalhães anuncia, em inglês, a que veio. “My home is my man” é apenas um pedacinho do caleidoscópio sonoro criado pela artista paulistana, que se tornou um dos maiores fenômenos pop no ano passado ao ser revelada na internet. Agora com 17 anos, ela esbanja desenvoltura vocal e criatividade em faixas que passeiam pelos mais variados estilos, do blues (“Nem fé nem santo”) ao reggae (“Shine yellow”).

“Não senti o peso do segundo disco no começo, só quando vi tudo pronto”, conta Mallu. “Fui corajosa. Fiz o que eu senti, fui sincera. Não tinha muita opção, eu sou isso. Não adianta tentar fingir. Olhando tudo agora, acho bonito e tenho orgulho de ter feito com tanta honestidade.”

Entre as principais mudanças de um ano para cá, ela diz que passou a levar o trabalho mais a sério. “Agora tenho uma profissão, tento enxergar como posso melhorar. Antes eu ia fazendo e não estava nem aí, era uma coisa pra mostrar pros meus filhos. Resolvi levar a música a sério e venho melhorando em vários aspectos. Me sinto mais segura para dar entrevistas, sinto que minhas ideias estão mais claras. O que mais mudou foi isso, a seriedade.”

“A maior dificuldade quando fui fazer o disco foi encontrar um fio condutor”, diz. “O álbum é tão eclético que eu tinha vontade de fazer um lado A e um lado B. Algumas canções eram muito diferentes. Aí tentei me concentrar na costura e fui indo atrás de ferramentas para conseguir atingir a essência. Por isso escolhi o Kassin como produtor. Achei que ele teria o conhecimento dos dois lados, e conseguimos chegar ao fator sinceridade.”

A artista, que antes dizia ter vergonha de cantar em português, colocou no disco seis composições no idioma. “Tenho a impressão de que esse é um disco duradouro para o ouvinte. A pessoa gosta de uma coisa um mês, no outro gosta de outra. Acho que isso é importante porque tudo hoje é tão rápido. A pessoa ouve um disco e pouco tempo depois não quer nem saber. Essa coisa de ter várias faces pode ajudar a entender a essência do álbum.”

“Be on the grass”, por exemplo, tem uma atmosfera à Beatles, cheia de ruídos e uma cítara. “Essas referências não são muito objetivas, eu vou fazendo. Mas tem muito da influência do momento ou da situação”, diz Mallu, que gravou uma canção inédita de Paul McCartney, “How d’ you d”, composta em 1969, para o projeto “Beatles 69”, do selo Discobertas. “Era o máximo que a gente podia querer na vida. A gente tinha que imaginar como eles iam querer a música e ao mesmo tempo colocar a nossa personalidade ali.”

"Marcelo Camelo como artista me influencia naturalmente, porque eu já era fã de Los Hermanos e do disco solo dele"

Entre os convidados estão Maurício Takara, que toca bateria em cinco faixas, a banda Jennifer Lo-Fi, que participa da tropicalista “O herói e o marginal”, e ainda Marcelo Camelo, namorado da cantora. “Como artista, ele me influencia naturalmente, porque eu já era fã de Los Hermanos e do disco solo dele. Eu componho sobre as minhas relações e experiências cotidianas e pessoais, isso acaba refletindo alguma coisa. Cada um tem o seu jeito de compor, seus gostos musicais. Um comenta o trabalho do outro, mas sem julgamento.”

Desde que ficou famosa, aos 15 anos, Mallu Magalhães cresceu 10 centímetros. “Todas as roupas que eu tinha não consigo mais usar. Os vestidos ficaram meio indecentes”, diverte-se. “As composições mais antigas já não cabiam mais na minha voz. Isso era muito perceptível para quem estava cantando e arranjando. Gosto muito mais da minha voz agora do que antes. Acho que vou gostar cada vez mais.”

Para manter a voz em dia, a cantora faz exercícios diários, aulas de canto e acompanhamento médico. “Isso é muito psicológico também. Quando estou em turnê, há um desgaste físico, do coração e da cabeça, e eu procuro me manter calma e tranquila em relação a tudo. Estou aprendendo aos poucos a me fortalecer psicologicamente.”

A cantora, que ainda mora com os pais em São Paulo, fez “Make it easy” para a mãe. “No começo da carreira, fiquei perdida. Eu não estava entendendo nada. Achava os ‘nãos’ uma autoridade careta, um moralismo sem sentido. Brigávamos muito, foi uma fase horrível. Mas, crescendo, e também pela minha vontade de ser mãe um dia, consegui me colocar no lugar deles e ver que os limites que eles impunham eram uma mistura de muito amor que gerava medo. Eles me amam muito, são pais muito cuidadosos. Tento conquistar meu espaço aos poucos e mostrar que eu os amo também.”

Mesmo entre tantos compromissos de “popstar”, Mallu ainda acha importante terminar o segundo grau e cursar uma universidade. “Eu não gostava da escola no começo, mudei e encontrei uma mais tranquila. Posso fazer trabalhos para complementar as notas e não preciso ir todos os dias. Depois, eu queria dar um tempo. Penso em fazer cursinho e aí prestar vestibular. Sou um pouco deficiente de conteúdo acadêmico. Se eu fosse fazer uma faculdade, eu precisaria de mais base. Tenho vontade de fazer tanta coisa... Não sei se eu tenho necessidade de ter um diploma, porque não pretendo trabalhar numa empresa e bater cartão.”
Fonte: G1

sábado, 3 de julho de 2010

Entre o frio e o quente

Sucesso de bilheteria, a saga dos vampiros chega em seu novo filme às telas

Crédito: Paris Filmes / Divulgação / CP
 
O terceiro filme da saga "Crepúsculo", "Eclipse", ganhou um megalançamento no Brasil, com 692 cópias para exibição nos cinemas. Agora com direção de David Slade, a história continua com a paixão da jovem humana Bella (Kristen Stewart) pelo vampiro cool e literalmente de cabelos em pé Edward Cullen (Robert Pattinson). As novidades deste episódio trazem a formatura de Bella no ensino médio da escola e a vingança da ruiva vampira Victoria. A atriz Bryce Dallas Howard substituiu Rachelle Lefevre como a sanguessuga de cabelos vermelhos que deseja vingar a morte do companheiro, James, morto pela família Cullen, o que ocorre no primeiro filme, "Crepúsculo" (2008).

Apesar de Bryce ser um jovem talento não chega a causar o mesmo impacto que Rachelle, que marca as últimas cenas do original. Também não ajudou Bryce a caracterização que recebeu da produção, com uma visível peruca de cachos excessivamente artificiais. Victoria cria um exército de vampiros para matar Bella e, desta forma, atingir o coração de Edward. Este ataque fará com que os Cullen aceitem a ajuda dos índios da reserva da cidade, que têm o poder de se transformar em lobisomens. Inimigos naturais na saga, vampiros e lobos irão se unir para defender Bella dos "recém-criados".

A direção de David Slade, de "MeninaMá.com" (2005) e "30 Dias de Noite" (2007), melhora as cenas de ação em relação aos filmes anteriores da saga, mas esbarra em um roteiro repleto de frases de efeito e filosofias rasas. A tensão entre o triângulo que se forma entre Edward, Bella e Jacob aumenta em "Eclipse", porque o jovem lobisomem insiste em conquistar Bella, mesmo com ela namorando o outro. Enquanto os vampiros têm a pele fria, os lobisomens são calorentos, o que "justifica" Jacob andar quase sempre sem camisa (e também exibir seus músculos e o abdômem de "tanquinho"). Jacob enfrenta Edward, apelando a frases dúbias do tipo: "eu sou mais quente do que você".

Jacob acaba ganhando um espaço maior no filme, visto que tem atitudes mais pró-ativas com Bella do que o sofrido Edward, que, nascido no início do século XX, mantém formalidades durante o namoro e não quer transformar a namorada em uma vampira. Em uma cena em que o índio está com Bella no colo, ele revela que seria o "macho alfa" de sua matilha, mas renunciou ao cargo de chefia. Suas atitudes, contudo, são efetivamente de um. E Bella parece balançar com esta insistência do amigo, apesar de seu amor por Edward ser incondicional. Adaptação cinematográfica do livro homônimo da escritora Stephenie Meyer, o filme acaba tendo uma narrativa previsível e deixa a desejar.

Por Adriana Androvandi Postado por CineCP - 03/07/2010 10:16 - Atualizado em 03/07/2010 10:21

Fonte: Correio do Povo - RS